Pau-a-pique (África, Europa e Brasil)

Assim chamada por estampar as marcas dos dedos de quem construiu, como uma forma de identidade. É também conhecida no Brasil como taipa de sopapo ou pau-a-pique. Surgiu a partir das influências africanas e portuguesas em conjunto com as tipologias indígenas, e permitiu a construção de alvenarias de vedação no período colonial, principalmente para as divisórias internas das casas construídas com “terra batida” (comentada no parágrafo a seguir). Sua vantagem está na substancial agilidade de execução, onde a madeira ou o bambu está disponível para a criação da trama e todas as paredes podem ser feitas em um só dia. A trama, na maioria das vezes, não é estrutural e serve para agarrar o barro e permitir que o mesmo se sustente enquanto se seca, preservando assim tudo que está em seu interior. Por mais que agentes externos invadam, como o cupim por exemplo, a parede estará suficientemente rígida e firme para se manter erguida. Há também tramas estruturais, que são feitas com madeiras mais duras ou bambus tratados e dimensionadas de acordo com a demanda. Seu traço se assemelha ao mesmo do adobe, porém sem grandes exigências já que as trincas são revestidas posteriormente com um reboco mais refinado com agregados, aglutinantes e fibras que renunciam a fissuração.   

Fonte: Acervo próprio.

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