A criação da forma surge a partir da biomimética, proporção divina presente em todas as formas orgânicas e naturais. A razão áurea é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega “phi”, vista como ideal desde os tempos de Phidias, criador do Partenon.
Localizada próxima ao Morro do Camelo, onde acredita-se ser um dos chakras do planeta Terra, a Estação Natureza se encontra no povoado de Campos de São João, uma das primeiras comunidades da Chapada Diamantina. Faz parte de uma ONG que atua dando apoio aos moradores e se insere no contexto maternal, sendo uma base para atividades pedagógicas (em âmbito de educação ambientar, por exemplo) e trazendo o sorriso e brilho nos olhos das crianças.
A obra foi palco de um curso de construção com terra, criando uma atmosfera favorável à troca de saberes e ao bem-estar dos amigos que ajudaram a construir. As técnicas usadas foram hiperadobe e pau-a-pique nos arredores (com cipó catitu e varas de araçá, abundantes na região). Tijolos de adobe e azulejos também compõem o todo. A cobertura traz vigas recíprocas com uma claraboia que acompanha seu ritmo, com vidros verdes que trazem espectros de luz para o interior em movimento - a peça foi feita por Remi, artesão local de Lençóis. As palhas de licuri que fazem a sombra foram trazidas por Valdir, nativo do povoado.
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