Taipa de Pilão, tradição milenar

É também chamada de taipa e existe a milhares de anos, apesar do seu uso por finalidades estéticas estar crescendo nos últimos anos. A taipa era a principal técnica utilizada nas construções dos casarões no período colonial, como alvenaria estrutural. Está presente na construção de prédios, como é o caso da cidade de Sanaã, no Iêmen. É uma técnica muito bem aceita e aplicada, por necessitar de apenas barro e o taipal, como é chamado o molde que permite a execução da parede. O barro muitas vezes não precisa ser estabilizado senão de maneira física, com a compactação. A compactação resulta no adensamento entre as partículas que permite o aumento da resistência. É aconselhável que a espessura mínima da parede seja de 20cm para vedação ou de 30cm para estruturas. Uma boa dica para o feitio é estar atento ao ponto de umidade ideal da terra, já que as partículas de água podem ocupar muitos espaços vazios e assim prejudicar a execução, bem como a sua falta pode inibir a coesão dos elementos. A técnica consiste, basicamente, em criar um taipal resistente e de fácil desmonte, com superfícies internas lisas (podendo conter óleo ou ser plastificada) para facilitar o desmolde, preenchendo-a a cada 20cm e compactando-a até o som da compactação estar seco e não haver marcas quando o(a) construtor(a) empurrar seu calcanhar contra a superfície superior da parede. Diferentes tons de terra podem ser usados para criar degradê ou até mesmo incluir cascalhos como efeito estético.  

Fonte: Sustainable Building Design, 2023. Disponível em: <https://sustainablebuildingdesign.wordpress.com/2014/09/02/the-beauty-of-rammed-earth/>. Acesso em: 09, março 2023. “The beauty of Rammed Earth”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *